"QUEM FALA UMA LÍNGUA SABE MUITO MAIS DO QUE APRENDEU" (CHOMSKY)


sexta-feira, 7 de março de 2014

NÍVEIS DA FALA - VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

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NÍVEIS DA FALA – VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Aqui no Brasil, é fácil percebermos como é diferente a maneira de se expressar dos trabalhadores da roça que nunca foram à escola, das pessoas da cidade das camadas sociais mais baixas, e a maneira de falar do grupo social que tem acesso a uma educação de qualidade. Assim, quando um menino vem da roça e fala “eles foi passeá”, a professora logo “corrige”: “eles foram passear”. As duas formas, a do aluno e a da professora, são possibilidades de uso da nossa língua materna que precisam ser respeitadas e não devem ser motivo de exclusão e discriminação social. Tudo é uma questão de adequação.
Temos um país de proporções continentais. Cada região tem seus costumes próprios, suas lendas. O uso que os falantes, de cada região brasileira, fazem da Língua Portuguesa mostra todo o conjunto cultural e histórico que marca o lugar onde nasceram e vivem. Esses falares diferentes marcam as falas coloquiais e regionais. Agora, é lógico que precisamos de uma forma padrão para se usar nossa língua materna: a fala culta. Já pensou se não houvesse tal possibilidade? Como, de repente, um morador de Manaus iria assistir ao Jornal Nacional que é produzido no Rio de Janeiro? Neste momento de nossas discussões sobre língua e fala, precisamos entender que uma forma de se usar a língua materna não exclui as outras possibilidades.
Você, então, pode perguntar: por que existe uma única forma que é considerada culta e que é estudada nas escolas, cobrada nos vestibulares, nos concursos públicos e nas relações formais?
A resposta é simples. A sociedade escolhe, justamente, a linguagem do grupo social mais poderoso, que tem melhores condições econômicas, que vive melhor e que, por isso, acaba dominando os outros. Escolhe essa possibilidade de uso da língua materna e acaba impondo-a aos outros grupos sociais.
Assim, a norma oficial, isto é, a fala culta que vocês estão aprendendo na escola, não é a única correta. Nem os outros modos de falar estão errados. Como citei antes neste texto, tudo depende da adequação.
 Mas é bom para você aprender a falar e a escrever de acordo com a fala culta e socialmente preferida. Quando saírem da escola, vão precisar dela para não serem barrados em empregos ou em outros grupos só por causa do dialeto que vocês usam. Muitas vezes a sociedade avalia as pessoas por meio da fala. Vocês precisam dominar a fala culta, não somente para obter uma boa avaliação, mas para saberem se estão sendo justa ou injustamente avaliados. O domínio da nossa fala culta possibilita a compreensão da própria vida.


1)A sociedade é formada por  um único grupo social? Explique.

2)Como  nós podemos distinguir um grupo social do outro?

3)Crie uma frase usada pelo grupo dos jovens estudantes do ensino médio. Crie uma frase usada pelos moradores da roça que nunca frequentaram a escola. O uso da Língua Portuguesa feita pelos dois grupos é idêntico? Justifique.

4)Por que  existe uma forma de se usar a Língua Portuguesa que é mais aceita que as outras?

5) Todos os brasileiros têm condições de frequentar boas escolas? Por quê? Como essa realidade interfere na aprendizagem da modalidade de uso da Língua Portuguesa que é mais aceita socialmente no Brasil?

6)A maneira como vocês usam a Língua Portuguesa nas conversas das redes sociais na internet é errada? Explique.

7)Por que é importante aprender a fala culta?

8) Releia o texto “Nóis mudemos” que está  na apostila “Sociedade e Linguagens”.
    a) Por que Lúcio foi excluído da escola?
    b) Como isso afetou sua vida?

9) Ainda em relação ao texto “Nóis mudemos”, responda:
    a) Como a escola deveria ter lidado com a FALA diferente de Lúcio?
    b) A escola poderia ter ajudado Lúcio a ter um futuro diferente do que foi apresentado no texto? Como?

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