"QUEM FALA UMA LÍNGUA SABE MUITO MAIS DO QUE APRENDEU" (CHOMSKY)


domingo, 30 de março de 2014

ATIVIDADE 01 SOBRE FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Somente desenvolva a tarefa quando ela for orientada em sala de aula.


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01) Compare as duas descrições da lua. Identifique em qual há o predomínio da função poética e em qual há o predomínio da função referencial. Justifique sua resposta:
a) A lua é o satélite da terra.                          b) A lua é a luz que ilumina os sonhos dos namorados.

02) Leia os títulos de notícias. Identifique aqueles em que há o predomínio da função referencial e aqueles em que há o predomínio da função emotiva, ou em outras palavras:

- Copie uma frase de cada vez.
- Interprete a situação.
- Escreva se a frase apresenta função emotiva ou função referencial.
 
a) É importante ganhar na estreia.
b) Primeiro desastre nuclear foi na Inglaterra.
c) Falta coragem para melhorar o sistema de transporte.
d) Grêmio vence o Inter.
e) Hoje vai chover muito em Brasília.
f) Que pena, esqueçam o banho de sol na Água Mineral. Choverá muito em Brasília neste fim de semana.
g) Presidente dos EUA visita Brasília e  esquema de segurança é preparado.
h) Presidente dos EUA visita Brasília e esquema de segurança absurdo é preparado.
i) A prova apresenta 25 itens sobre gramática.
j) A prova está muito difícil. Apresenta 25 itens sobre gramática.
k) Nossa, que chuva!
l) A chuva fez transbordar o rio da cidade de São Paulo.
m) Que pena, perdi minha carteira.
n) Um cidadão localizou uma carteira com documentos ao lado do banco.
o) O exercício está longo demais.
p) A doença é grave.
q) Acredito que a doença é grave.
r) O carro avançou o sinal vermelho.
s) Meu Deus! O carro atropelou a criança.
t) A falta do jogador foi grave, que absurdo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Enfim, trabalho finalizado!


          Os alunos do 1º ano do CEMTN superaram, hoje,  o primeiro grande desafio da escola: a elaboração do trabalho LINHA DO TEMPO. Foram 25 dias de reflexões, análises, buscas históricas e, acima de tudo, foram dias que propiciaram uma volta ao passado e um diálogo com a família.

          O trabalho LINHA DO TEMPO apresenta a oportunidade de superar várias barreiras, de quebrar alguns maus costumes.
  
          Primeiramente,  deve-se  compreender que estudar exige compromisso. Não dá mais para fazer de conta que estudamos.  Não dá mais para adiar o aprendizado. Assim, a dinâmica do trabalho cobra do aluno garra e vontade de construir textos autênticos.  Encerra-se o ciclo  famoso do "copiar e colar" da internet.  

           A segunda barreira  a ser rompida diz respeito à necessidade de seguir as normas que orientam toda elaboração do trabalho. Entender que não basta fazer; é fundamental fazer excepcionalmente bem feito.

            O último obstáculo superado foi a busca pela história da própria vida que cada aluno realizou. Voltar ao passado, nem sempre, é uma tarefa tão fácil. Requer coragem reviver situações marcantes, tristes, que muitas vezes queremos ver escondidas.  Agradeço a coragem dos alunos que foram aos "passados" já vividos e resgataram inúmeras situações tristes, alegres, traumáticas com a visão de um cidadão que entende que refletir e compreender tudo o que vivemos abre possibilidades incríveis de planejar o futuro, quebrar ciclos, assumir a condução do próprio ônibus da história.

            Em nome de toda a equipe de professores que orientou o trabalho, preparou o Aulão e corrigiu mais de 1000 rascunhos apresentados nos últimos dias, agradeço a garra e determinação dos alunos que, hoje, entregaram o trabalho LINHA DO TEMPO. 

             Obrigado pelo voto de confiança. Continuem acreditando que estudar vale a pena e que a ESCOLA PÚBLICA deve ser de qualidade.

                Professor Cárlinton Alvarenga


       

segunda-feira, 24 de março de 2014

O SER HUMANO COMO UM SER NO MUNDO


ESTE TEXTO FOI ESPECIALMENTE ADAPTADO PARA A TAREFA ORIENTADA EM SALA
O TEXTO ORIGINAL ENCONTRA-SE NO SITE http://www.cespe.unb.br/pas/
Objeto de Conhecimento 1 O SER HUMANO COMO UM SER NO MUNDO


      O que é ser humano? O que torna o ser humano distinto dos seres não humanos? O que aproxima os seres humanos dos demais seres vivos? O que os diferencia? O que é o mundo? Que implicações esses questionamentos acerca do ser humano como um ser no mundo podem trazer à realidade?
         A partir dessas considerações, vários objetos de conhecimento podem orientar debates envolvendo diversas áreas do saber, de modo que a relação entre a escola e os saberes possa ser transformada a partir da contextualização e da interdisciplinaridade dos conhecimentos, com potencialidade para transformar práticas cotidianas ligadas à sociedade em geral e à escola em particular, bem como ao conjunto das práticas humanas.
          Assim, destacamos as perguntas “o que somos e o que podemos nós, seres humanos?”, a fim de fundamentar reflexões vinculadas à existência humana, como um efetivo problema a ser investigado. A filosofia, um modo de saber com características particulares, ainda que não ofereça respostas definitivas para essas perguntas, reflete a respeito delas e, em sua tradição histórica, oferece ricas contribuições para a compreensão da complexidade da existência humana e pode, com isso, fundamentar a elaboração de propostas de intervenções na realidade.
         Entretanto, pensar a existência como problema humano não é postura exclusiva à filosofia; está presente também em obras de arte, A atualidade das questões vinculadas ao conjunto de perspectivas e de respostas formuladas pelos diversos pensadores permite identificar algumas que podem servir para pensar e compreender o presente e fundamentar projetos para o futuro, considerando a diversidade sociocultural como inerente à condição humana no mundo e na história.
          Considerando essa perspectiva, o ser humano é pensado ao mesmo tempo no sentido universal e como experiência particular. Compreende-se, assim, o ser humano como um ser natural, contextualizado no mundo – que, por sua vez, consiste em obra de fabricação humana e, portanto, pode ser entendido como ente artificial e possível de transformação. Seres humanos são localizados no tempo e no espaço, imersos em culturas e saberes já constituídos.
          Entre a plasticidade do mundo e os conjuntos de suas possibilidades, os seres humanos despertam para um mundo existente e para si mesmos, com a possibilidade venham a realizar, no intuito de transformar as realidades particulares e coletivas, como se apreende no poema Oração dos desesperados, de Sérgio Vaz.
         Questões como: “Quem sou?”, “Quem somos nós”?, “O que posso e o que podemos fazer?”, encontram no Artigo 5.o da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, contribuições para a discussão e a compreensão do ser humano inserido no mundo e em seu ordenamento jurídico, assim como no texto Este mundo da injustiça globalizada, de José Saramago.
          
As preferências musicais são, em certos casos, referências para o reconhecimento das pessoas e da expressão do que querem ou não ser. Assim, essas escolhas nem sempre se ligam a critérios musicais, mas ao que a música pode representar para si ou para o grupo sociocultural em que elas se inserem. Essa tendência pode ser observada em Camaro amarelo, com Munhoz e Mariano, um tipo de música que mistura estilos e traz, para o público urbano, elementos da música de origem rural adaptados para padrões de consumo de diversos segmentos de mercado. Em contraste, a canção Cuitelinho, na versão de Pena Branca e Xavantinho, apresenta a cultura rural e sua expressão artística, assim como se observa nas manifestações regionais da congada e da catira.
           A existência humana pressupõe capacidade para desenvolver a consciência de si e dos outros, da vida e da morte, bem como das múltiplas possibilidades e contingências na sua trajetória. Esse ser humano se defronta com possibilidades de liberdade e de autonomia e, em certo sentido, com a busca de autotranscendência, aspectos presentes na canção Vida loka parte II, do grupo Racionais MC’s que, ao problematizar esses temas, contribui para reflexões como o respeito ao corpo e pode chamar a atenção para assuntos como gravidez precoce, interrupção de gravidez, nutrição, uso de drogas, intimidade, afetividade, violência, racismo, sensibilidade, criatividade, gestualidade e sexualidade.
      Este objeto de conhecimento indica um foco existencial em suas preocupações e evidencia a complexidade do que é ser humano. Reflexões sobre o ser humano podem despertar para a necessidade de ampliar conhecimentos e para abordagens além do âmbito deste objeto, redimensionando saberes sobre relações entre indivíduo, cultura e identidade; tipos e gêneros; estruturas; número, grandeza e forma; energia, equilíbrio e movimento; formação do mundo ocidental; ambiente; espaços; e materiais.


CUITELINHO 
PENA BRANCA E XAVANTINHO

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Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim de minha terra

Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d`água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

CAMARO AMARELO
MUNHOZ E MARIANO




Agora eu fiquei do-do-do-do-doce, doce
E agora eu fiquei doce igual caramelo
Tô tirando onda de Camaro amarelo
E agora você diz: vem cá que eu te quero
Quando eu passo no Camaro amarelo
Quando eu passava por você
Na minha CG, você nem me olhava
Fazia de tudo pra me ver, pra me perceber
Mas nem me olhava
Aí veio a herança do meu véio
E resolveu os meus problemas, minha situação
E do dia pra noite fiquei rico
Tô na grife, tô bonito, tô andando igual patrão
Agora eu fiquei doce igual caramelo
Tô tirando onda de Camaro amarelo
E agora você diz: vem cá que eu te quero
Quando eu passo no Camaro amarelo
E agora você vem, né?
Agora você quer?
Só que agora vou escolher
Tá sobrando mulher




sábado, 22 de março de 2014

PROVA MENSAL - LÍNGUA PORTUGUESA


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       No dia 13 de março, fizemos nossa primeira atividade de avaliação escrita do ano de 2014.  A prova teve uma estrutura diferente. As questões das disciplinas não estavam separadas em bloco. A prova foi construída com um corpo único por meio do qual as disciplinas exploravam os mesmos textos.
            Apresento, aqui, as questões de Língua Portuguesa com as respectivas respostas.

QUESTÃO 09
(   C   ) O professor Fernando nos conta em seu texto (o texto que abre esta avaliação) que ele fez o ensino médio em uma escola do Rio de Janeiro. É correto afirmar que os brasileiros nascidos e que vivem no Rio de Janeiro não usam a Língua Portuguesa da mesma forma que a usamos aqui em Brasília. Esta diferença reforça o conceito que estudamos em sala sobre a fala. 

QUESTÃO 10
(   C  ) No Aulão,  os professores  afirmaram que somos diferentes dos outros seres vivos. Eles nascem "completos"  e, nós,  aprendemos a ser "gente".  Os professores  exploraram também  o conceito: dor da incompletude. Pode-se afirmar que esse conceito se refere aos nossos desejos e vontades.  Por sermos seres de sociedade, nossas linguagens são construídas e aprendidas, por isso a linguagem verbal é uma necessidade que atende os nossos vontades e desejos. 

QUESTÃO 11
(   E  ) No texto "Nois mudemos", explorado no Aulão, fica evidente que a Língua Portuguesa deve ser usada apenas de uma única forma e que a professora de Lúcio agiu eticamente ao corrigir a sua fala na primeira aula.

QUESTÃO 42
Os textos lidos antes do Aulão "As linguagens que constroem nossa linha do tempo" nos convidaram a viajar por situações que vivemos em nosso dia a dia. A história do Lúcio nos fez pensar: afinal, para que devemos estudar nossa língua materna? Você se lembra que Lúcio disse à professora:  "O que aconteceu? Ah! fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu. Comi  o pão que o diabo amassô. E eta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui bóia fria, um "gato" me arrecadou e levou num caminhão pruma fazenda no meio da mata." Tudo porque no primeiro dia de aula disse "Nóis mudemos". Analise os seguintes itens e marque alternativa errada.

(   C   ) Lúcio foi excluído das conquistas sociais por não dominar o padrão da Língua Portuguesa escolhido como correto.
(  C    ) A fala de Lúcio em, “Eu sou ‘Nóis mudemo’, lembra?” expõe a perda de sua identidade e a rotulação estipulada pelo grupo social que levou em conta a forma como Lúcio utilizava a Língua Portuguesa e não seus conhecimentos de vida.
(  C   )No final do texto "Nóis mudemo" a professora afirma: " Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, mudamos, mudaamoos, mudaaamooos... Superusada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna, a língua que a criança aprendeu com seus pais e irmãos e colegas – e se torna o terror dos alunos." Pode-se concluir que a professora defende que o estudo da gramática nas escolas destrói a espontaneidade do uso da Língua, e passa a ser um instrumento de exclusão e controle social.  
(  E   ) O texto "Nóis mudemos" prova que devemos abolir a gramática normativa da Língua Portuguesa. Afinal, a língua somente ganha vida quando é usada, quer dizer, falada. Se temos várias falas possíveis, não há sentido termos uma gramática que orienta o uso de uma fala padrão. 

 

sábado, 15 de março de 2014

LINHA DO TEMPO 5ª PARTE

          Nossa história não começa, apenas, quando nascemos.  Ela já teve início com nossos antepassados. Por isso, conhecê-los é uma oportunidade de entendermos o que somos.


LINHA DO TEMPO - 4ª PARTE

               Nesta etapa do trabalho, você deverá refletir sobre as influências que uma música, um livro, um filme, um seriado de televisão podem fazer em nossas vidas. Somos seres de sociedade. Nascemos "vazios" e nos tornamos gente a partir da convivência social. Com a convivência com outras pessoas, entendemos que as produções artísticas revelam uma visão de mundo do grupo  que a elaboram e, no fundo,  de nos mesmos.


segunda-feira, 10 de março de 2014

GRAMÁTICA...GRAMÁTICAS

        Este texto faz parte de uma tarefa de casa que somente será desenvolvida quando orientada pelo professor.



GRAMÁTICA. . . GRAMÁTICAS
Provavelmente, você já tenha dito a você mesmo que não sabe Português. Tudo porque suas notas na disciplina são baixas ou, mesmo que as notas sejam boas, há uma dificuldade muito grande em assimilar as regras de ortografia, de concordância, de regência etc. Recentemente, alguma coisa sobre o uso do hífen e sobre a acentuação gráfica foi modificada pelo Novo Acordo. “Mas eu nem sabia as regras antigas, quanto mais as novas.”, você poderia ponderar.
A situação acima está relacionada ao que os estudiosos da língua definem como Gramática Normativa. Nela, são estabelecidas as regras, normas e orientações para se falar e escrever. Daí o conceito de certo e errado. Ainda bem que essa gramática não é a única que existe. Existe uma outra que já começamos a entender assim que nascemos e nos é passada pelos nossos pais, irmãos e familiares sem a necessidade de irmos à escola . E é o uso dessa gramática que mostra o que somos, que revela nossa identidade.
Consideremos essa nova situação é correto afirmar que todos nós sabemos Português mesmo sem nunca termos ido a uma escola. Não importa o motivo. O fato é que todos nós conhecemos e praticamos o Português sem a necessidade do estudo do livro chamado “Gramática”. Você poderia reclamar sobre os erros de concordância ou de ortografia. Não importa! O que há nesse caso é uma outra gramática, denominada de Gramática InternalizadaNela, os falantes assimilam naturalmente, pela prática, as regras estruturais do idioma de acordo com a comunidade em que esse falante está inserido.
Vamos fixar o que lemos até aqui:
1-não existe apenas um jeito de usar (falar) a Língua Portuguesa;
2-não é justo afirmar que há um jeito certo e um jeito errado de falar o Português;
3- existem duas gramáticas da Língua Portuguesa: a gramática normativa e a gramática internalizada.
Existe uma área do conhecimento chamada de Linguística, cujo objetivo é descrever o funcionamento das línguas. Nesse sentido, a preocupação é explicar de forma científica o porquê de, por exemplo, dizermos “eu amo ela”, “ali vão dois cara” ou “me dá uma coca-cola e um salgado”. Note que explicar é diferente de corrigir. Enquanto a Gramática Normativa prescreve a língua (dita normas), a Linguística explica a língua, da mesma forma que outras ciências explicam seus experimentos, seus fenômenos, a partir da prática. Quer dizer, da prática se constrói uma teoria. A Linguística faz o mesmo.
Uma das divisões da Linguística é a Sociolinguística, responsável pelo estudo da relação entre língua e sociedade. Neste ponto, a variação linguística entra em jogo porque, por mais que uma língua seja uniforme, variações no uso estão presentes.
A variação linguística apresenta as possibilidades de uso da LÍNGUA ( a FALA) sem se prender à gramática normativa.
Conheçamos algumas dessas variações em torno do idioma.

1 – Variação geográfica: em relação à região em que o falante está inserido. É ou não é verdade que a fala nordestina é diferente da fala dos cariocas?
2 – Variação histórica: em relação à época em que o falante está inserido. Preste atenção no linguajar dos jovens e dos mais velhos de uma mesma região. Observe as gírias.
3 – Variação social: em relação ao grupo social em que o falante está inserido. Por exemplo, a maneira de um evangélico se expressar em relação a um apaixonado por futebol.
4 – Variação estilística: um mesmo falante em diferentes situações comunicativas. A maneira de falar de um aluno ao apresentar oral um trabalho em sala é diferente da maneira de falar desse mesmo aluno no intervalo.
Infelizmente, nossa sociedade discrimina os falantes pelo fato de eles adotarem determinadas variações linguísticas. Para a Linguística, não existe variação linguística melhor ou pior. Todas são importantes, pois cada uma, dentro do seu universo, cumpre seu papel comunicativo e interacional. Todas possuem seu espaço.
E o porquê do preconceito linguístico? A variação linguística que leva em conta todos os preceitos da Gramática Normativa é considerada pela sociedade como a variante de prestígio, a melhor. E quem fala ou escreve fora desses preceitos incorre em erro. Isso explica as críticas sofridas pelo ex-presidente Lula em relação à sua fala. Também explica o fato de todos nós precisarmos dominar essa variante de prestígio para obter espaço na sociedade. Por que precisamos evitar gírias quando da entrevista de emprego? Por que todos os concursos públicos ou vestibulares possuem a prova de Português e/ou Redação? Tudo porque somos cobrados a dominar a norma culta ou variante de prestígio.
Partindo da constatação de que a norma culta ou língua culta requer estudo, observância às regras de pronúncia, ortografia, concordância e sintaxe, existe uma variação linguística na qual não há aquela sensação de estar sendo vigiados. Referimo-nos à língua coloquial, usada nas situações informais pelos falantes, correspondente à Gramática Internalizada, já descrita anteriormente.
Por fim, é importante deixar claro que não há erro de Português. Há, sim, diferentes possibilidades de uso em relação à única possibilidade proposta pela Gramática Normativa. Cabe a cada falante refletir sobre qual é a melhor variante linguística para uma determinada situação. Não é assim que nós nos comportamos em relação ao vestuário?
Bibliografia:
http://www.lendo.org/preconceito-linguistico/ - Acesso em 03 fev 2010 14h
Apostila “Uma nova visão da Língua Portuguesa” preparada pela professora mestra Liliane Jaqueline Guimarães Ribeiro, adotada no Cemtn em anos anteriores.

sexta-feira, 7 de março de 2014

LINHA DO TEMPO - 3ª PARTE GRÁFICO DE SETORES DE ATIVIDADES DIÁRIAS


           

            O PRÓXIMO VÍDEO APRESENTA EXPLICAÇÕES DETALHADAS SOBRE A  2 ª PARTE DO TRABALHO.

                         - O GRÁFICO DE SETORES DE ATIVIDADES DIÁRIAS.

NÍVEIS DA FALA - VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

TAREFA DE CASA
FAÇA APENAS QUANDO RECEBER ORIENTAÇÃO  EM SALA DE AULA




NÍVEIS DA FALA – VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Aqui no Brasil, é fácil percebermos como é diferente a maneira de se expressar dos trabalhadores da roça que nunca foram à escola, das pessoas da cidade das camadas sociais mais baixas, e a maneira de falar do grupo social que tem acesso a uma educação de qualidade. Assim, quando um menino vem da roça e fala “eles foi passeá”, a professora logo “corrige”: “eles foram passear”. As duas formas, a do aluno e a da professora, são possibilidades de uso da nossa língua materna que precisam ser respeitadas e não devem ser motivo de exclusão e discriminação social. Tudo é uma questão de adequação.
Temos um país de proporções continentais. Cada região tem seus costumes próprios, suas lendas. O uso que os falantes, de cada região brasileira, fazem da Língua Portuguesa mostra todo o conjunto cultural e histórico que marca o lugar onde nasceram e vivem. Esses falares diferentes marcam as falas coloquiais e regionais. Agora, é lógico que precisamos de uma forma padrão para se usar nossa língua materna: a fala culta. Já pensou se não houvesse tal possibilidade? Como, de repente, um morador de Manaus iria assistir ao Jornal Nacional que é produzido no Rio de Janeiro? Neste momento de nossas discussões sobre língua e fala, precisamos entender que uma forma de se usar a língua materna não exclui as outras possibilidades.
Você, então, pode perguntar: por que existe uma única forma que é considerada culta e que é estudada nas escolas, cobrada nos vestibulares, nos concursos públicos e nas relações formais?
A resposta é simples. A sociedade escolhe, justamente, a linguagem do grupo social mais poderoso, que tem melhores condições econômicas, que vive melhor e que, por isso, acaba dominando os outros. Escolhe essa possibilidade de uso da língua materna e acaba impondo-a aos outros grupos sociais.
Assim, a norma oficial, isto é, a fala culta que vocês estão aprendendo na escola, não é a única correta. Nem os outros modos de falar estão errados. Como citei antes neste texto, tudo depende da adequação.
 Mas é bom para você aprender a falar e a escrever de acordo com a fala culta e socialmente preferida. Quando saírem da escola, vão precisar dela para não serem barrados em empregos ou em outros grupos só por causa do dialeto que vocês usam. Muitas vezes a sociedade avalia as pessoas por meio da fala. Vocês precisam dominar a fala culta, não somente para obter uma boa avaliação, mas para saberem se estão sendo justa ou injustamente avaliados. O domínio da nossa fala culta possibilita a compreensão da própria vida.


1)A sociedade é formada por  um único grupo social? Explique.

2)Como  nós podemos distinguir um grupo social do outro?

3)Crie uma frase usada pelo grupo dos jovens estudantes do ensino médio. Crie uma frase usada pelos moradores da roça que nunca frequentaram a escola. O uso da Língua Portuguesa feita pelos dois grupos é idêntico? Justifique.

4)Por que  existe uma forma de se usar a Língua Portuguesa que é mais aceita que as outras?

5) Todos os brasileiros têm condições de frequentar boas escolas? Por quê? Como essa realidade interfere na aprendizagem da modalidade de uso da Língua Portuguesa que é mais aceita socialmente no Brasil?

6)A maneira como vocês usam a Língua Portuguesa nas conversas das redes sociais na internet é errada? Explique.

7)Por que é importante aprender a fala culta?

8) Releia o texto “Nóis mudemos” que está  na apostila “Sociedade e Linguagens”.
    a) Por que Lúcio foi excluído da escola?
    b) Como isso afetou sua vida?

9) Ainda em relação ao texto “Nóis mudemos”, responda:
    a) Como a escola deveria ter lidado com a FALA diferente de Lúcio?
    b) A escola poderia ter ajudado Lúcio a ter um futuro diferente do que foi apresentado no texto? Como?

sábado, 1 de março de 2014

LINHA DO TEMPO 2ª PARTE

     Preparamos um vídeo que explica a primeira etapa do trabalho. Não se esqueça! Faça os rascunhos e leve-os para serem corrigidos.
     Este vídeo detalha a parte LINHA HISTÓRICA do trabalho LINHA DO TEMPO.