"QUEM FALA UMA LÍNGUA SABE MUITO MAIS DO QUE APRENDEU" (CHOMSKY)


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

SAIR NA FRENTE É MELHOR DO QUE CORRER ATRÁS.

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       No último dia 24 de fevereiro, as turmas  do primeiro ano fecharam o primeiro ciclo de aulões de 2014 do turno vespertino.
       Nesse contexto, não é uma aula grande em termos de duração. Mas sim um momento em que pelo menos quatro disciplinas diferentes interagem a partir de um eixo temático.
       No turno contrário de aula, três turmas do primeiro ano são convocadas (escala prévia) para comparecer ao auditório do colégio e, como passaporte, cada aluno precisa apresentar respondido um questionário baseado em algumas crônicas literárias. Essas crônicas apresentam, além das diferentes lições de vida, pontos em comum que servirão de eixo para esse primeiro aulão.
        E agora? Vou para o aulão ou ficar em casa?  No colégio, assisto ao aulão fico fora com outros amiguinhos?
       Língua Portuguesa, História, Química e Sociologia versaram sobre a difícil ação em escolher entre dois caminhos. Dores inerentes a todos nós geram escolhas, e cada escolha desencadeia consequências. Portanto, é necessário que domestiquemos cada dor sentida. Bullying, adultos que abusam da inocência infantil, homens que agridem suas companheiras, vontade de conversar durante as aulas e outras ações negativas são exemplos da má administração dessa dor.
        Clipes, depoimentos, poemas, crônicas e canções apresentados ao longo da atividade incentivaram a discussão sobre a diferença entre ética e moral; prazer, desejo, necessidade e vontade; a linguagem animal e a linguagem humana; adequação linguística (nível culto x nível coloquial) entre outras situações, sempre sob diferentes olhares. Até porque cada um dos cinco encontros foi único, ainda que existisse um roteiro e um mesmo conjunto de material de apoio.
        Por fim, cada ouvinte foi desafiado a buscar dentro das suas raízes a certeza de que não estamos soltos no mundo. Influenciamos e somos influenciados. Cada um de nós somos sujeitos históricos (motoristas) e não apenas objetos (passageiros).
        Perdão! Faltou elogiar a pontualidade e o comportamento de cada estudante durante os cento e oitenta minutos da atividade. Isso demonstra que os presentes já haviam entendido, na prática, a diferença entre informação e conhecimento; a dominar a dor do sono (acordaram cedo); a dor do cansaço (ficariam no colégio até às 18h15); a dor da incerteza (se o almoço do colégio seria suficiente para todos) etc. Haviam entendido que uma situação futura dependerá da escolha feita agora.
         Haviam entendido que sair na frente é muito melhor do que correr atrás.

Fernando Fernandes
Coordenador

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